segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Resenha de # CORTE DE NÉVOA E FÚRIA #







Corte de NÉVOA E FÚRIA ( #02 )
Série: Corte de espinhos e rosa
Autor: Sarah J. Maas (@SJMaas)
Editora: Galera Record
Páginas: 658

SINOPSE

O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro.
Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos. 


RESENHA

Quem me conhece, sabe que eu sou muito chata pra algo me agradar. E desde As Peças Infernais, eu nunca me empolguei tanto com uma história — e eu realmente não estou conseguindo sobreviver a isso. No primeiro semestre desse ano, fui seduzida pela capa maravilhosa de Corte de Espinhos e Rosas (e, claro, pelo boato sobre o livro ter sido inspirado na história da Bela e a Fera — eu sou louca por essa história) e me deixei ser guiada para o mundo de Prythian.
O que eu não esperava era terminar o livro em 24h e chorar pela continuação. Claro que passei algumas semanas relendo, e relendo, e relendo, somente pra poder matar a saudade do Tamlin e me fazer criar algumas teorias pra ver até onde a autora pretendia levar a história. E só posso dizer pra vocês que a Sarah J. Maas realmente merece levar esse hype todo porque né… Ainda eu não comecei a falar do segundo livro e dessa coisa.
CONTEM SPOILERS E TEORIAS
Depois de ter lido Corte de Espinhos e Rosase comecei a surtar no twitter, uma amiga me contou que o Rhys ia tomar a frente e o Tamlin ia ser deixado para trás. Claro que eu não tinha acreditado que a Feyre iria deixar o Tamlin de lado pra poder ficar com o Rhys. Claro que eu também não acreditava que o Rhys fosse melhor que o Tam — mesmo eu tendo adorado-o. Só que eu paguei com a língua quando eu li Corte de Névoa e Fúria.
No primeiro livro, percebemos o quanto o Tamlin é um cara protetor, e depois que ele ouviu os ossos de Feyre se partindo… depois de tudo o que eles passaram Sob a Montanha… ele se torna protetor demais. Essa paranóia de querer proteger a Feyre faz com que ela se sinta sufocada. Ela não é a mesma humana, ela agora é feérica. E ela precisava se sentir útil de alguma forma, e não ficar presa dentro de casa lidando com despesas da casa, seu casamento com o Tam, e de seus súditos. Por esse motivo, ela e Tamlin acabam se desentendendo em vários momentos. Feyre nunca foi uma garota que se curvava aos desejos dos outros, e Tamlin era tão orgulhoso quanto ela. Eles tentam até se dar bem, mas nada era a mesma coisa. Nada se parecia como antes. Tamlin está tirando a liberdade da Feyre — e ele sequer se dá conta do quanto a sufoca (mesmo ele dizendo que vai melhorar, que vai deixá-la dar uns “roles”).
Quando o dia do casamento chega, Feyre está se sentindo muito mais que sufocada. Ela entra em um desespero que sequer faz com que ela continue andando em direção ao altar para se casar com o Tamlin. Ela, em seus pensamentos, pede para que alguém a ajude. A salve. Qualquer pessoa, e é nessa hora que o Rhysand, Grão-Senhor da Corte Noturna, aparece.
Eu realmente quis matá-lo nessa hora, mas ele entra em cena nos momentos certos só pra eu poder adorá-lo ainda mais. <3 De qualquer maneira, Rhysand vai reivindicar a sua semana do mês, justamente no dia do casamento dela.
Ele é lindo por ter toda essa petulância, não é? <3
Rhys não quer saber quem está casando ou não, e a leva embora. Ele, claro, percebe o quanto Feyre está se desgastando na Corte Primaveril e se irrita com isso. Ele tenta fazer um acordo com ela, mas, claro, não consegue. Então tudo o que ele faz é que ela aprenda a ler e a escrever. Que ela consiga proteger a sua mente através de treinamentos. E o tempo em que Feyre passa ao lado do Rhysand faz com que ela se acalme e se sinta livre. Quando o último dia de ficar com ele acaba, Feyre volta para a Corte Primaveril. E quando ela volta, as coisas ficam ainda mais destrutivas. Ela tenta, tenta de várias formas conversar com Tamlin. De falar o que está sentindo, de ouvir seus planos e sonhos, de dividir com ele aquilo que um casal compartilha. Mas isso não é o que acontece.
Há um momento em que ela não aguenta mais e tenta segui-lo em uma de suas patrulhas pelas terras de Prythian. Ele, como o macho protetor, perde a cabeça e usa magia para que ela não saia para canto algum — nem mesmo para o quintal. Naquele momento Feyre acaba se partindo. Ela, como recebeu uma pequena gama de todos os dons dos Grãos-Senhores, acaba ficando presa em seu próprio poder — de forma inconsciente, perdida no meio da dor, sofrimento, depressão.
E é a partir daí que o Rhys se torna o Príncipe do Cavalo Branco Negro. Ele resgata a Feyre com a Morrigan e que se danem as consequências (mentira, ele ainda pensa em seguir alguns protocolos). Rhysand, que antes era visto como um cara que não se importava com ninguém além dele mesmo, faz com que Feyre fique confortável em sua corte. Incrível, não? Depois do que o Tamlin fez a Feyre, ela decide não voltar. E finalmente ela faz acordo com o Rhys de ajudá-lo com os planos dele.
Feyre acaba conhecendo o Cassian, a Amren, e o Azriel. Todos três fazem parte do Círculo Íntimo do Grão-Senhor Rhysand (incluindo a Morrigan) e com um tempo Feyre acaba confiando neles. E passa a considerá-los como amigos. E depois como família. E depois ela descobre que foi predestinada a ser do Rhysand, e não do Tamlin…
Bem, claro que não quero contar tudo o que acontece, mas vou soltar alguns quotes e vocês que lidem com eles.

“- Tamlin… Tamlin, não posso viver com guardas em volta de mim dia e noite. Não posso viver com esse sufocamento. Apenas me deixe ajudá-lo… me deixe trabalhar com você.
- Você já ofereceu o suficiente, Feyre.” - pg 106

“Não seria fraca de novo. Não dependeria de ninguém.” - pg 179

“- Gostou de me ver ajoelhado diante de você?
- Não é só para isso que vocês machos servem mesmo?” - pg 216

“Quando se passa tanto tempo na escuridão, Lucien, se percebe que a escuridão passa a olhar de volta.” - pg 452

Claro que eu não posso deixar de comentar que virei Team Rhysand. É impossível não mudar de time depois de conhecê-lo melhor. Ah, claro que me apaixonei também, e não consigo lidar com tanto amor.
Agora que já falamos sobre o que é mais ou menos a história vamos para as teorias? Bem, no primeiro livro vemos que a história tem como inspiração o conto de fadas da Bela e a Fera. No segundo livro, as pessoas estavam comentando que a Fera não era o Tamlin, mas o Rhys; e o Gastor era o Tamlin, não o Rhys… Pessoas lindas, pelamor, já consideraram colocar na cabeça que a inspiração tenha sido de outra coisa? Em Corte de Névoa e Fúria, pra mim, a inspiração vem justamente da história do Hades com a Perséfone.
Pra quem não sabe, quando o Hades sequestra a donzela e a leva para o Mundo Inferior, Zeus faz com que Perséfone passe uns tempos com a sua mãe também. Logo, ela fica um tempo em um mundo e depois em outro. E assim ela acaba levando a sua vida… Bem, com a Feyre vemos a mesma coisa, e é por esse motivo que eu amo ainda mais o Rhys: eu sempre fui fã do Hades. Eu sempre gostei dessa coisa de ser trevosa. <3
Vendo essa linha de planos de fundo de que o primeiro foi totalmente diferente do segundo, o que vocês acham que pode ser no terceiro livro? (Boatos dizem que vai ser da Branca de Neve — só eu notei que temos: sete anões e sete cortes?)
Há outro boato, mas este faz muito, muito sentido: Quando a Nestha é transformada, a Feyre nota que as orelhas dela são diferentes; que Nestha emana um poder incrível, e que toda a sua postura de durona condiz com algo muito superior. Logo, a Nestha pode ser uma illyriana de um tipo diferente, já que ela ainda não tem asas. Se for isso mesmo, ela pode levar inspiração para as mulheres illyrianas a serem guerreiras e mandar os machos catarem coquinhos. Nestha também pode comandar os exércitos de Rhys ao lado de Cassian — que, claro, vai ser seu professor (e que, claro, é o seu parceiro — isso está bem na cara, né?). Eles comentam também que se Cassian perder as asas, Nestha pode ganhar as dela, daí se caso o Cassian precisar sentir o vento no rosto de novo, ela vai carregá-lo (eu sei, eu também não quero que ele perca as asas).